Coronavírus: assistência médica online
Precisa de algum tipo de assistência médica por sintomas de coronavírus ou outras doenças?
Dada a situação de saúde que se vive neste momento devido à propagação do coronavírus e da COVID-19, queremos prestar a ajuda possível pondo a nossa tecnologia à disposição da sociedade.
Com o objectivo de servir de apoio aos meios proporcionados pelo Sistema Nacional de Saúde, facilitaremos o contacto entre pacientes e profissionais através da nossa plataforma, assim como informações de interesse geral relacionadas com o coronavírus e a COVID-19.
Assistência médica geral e por coronavírus
Se tem sintomas de qualquer tipo que correspondam com os associados à infecção por coronavírus e ao desenvolvimento da doença que provoca, a COVID-19, pode solicitar assistência médica online. Nesta página também encontrará informação relevante sobre o surto, quais os sintomas, quais as medidas de prevenção e preços do teste (no caso de se dirigir a laboratórios privados).
Se não for este o caso e tiver sintomas que possam estar relacionados com outra doença, também pode fazer um pedido de assistência médica geral.
Como funciona
Ao completar o formulário, estará a pedir um pedido de assistência médica online, que será enviado aos profissionais de saúde inscritos e inscritas na nossa plataforma, para que o/a possam atender e avaliar o seu caso através do nosso sistema. A informação dada no formulário servirá aos e às profissionais para realizar uma avaliação prévia do caso.
De forma a garantir a sua segurança e bem-estar, frisamos que a nossa equipa verifica e valida manualmente a documentação básica destes profissionais (cédula profissional da Ordem dos Médicos e o documento de identificação).
Agradece-se um uso responsável do serviço para garantir que as pessoas que realmente dele necessitam tenham acesso ao mesmo com a maior rapidez possível.
Informamos ainda que a Zaask proporciona este serviço através da plataforma sem quaisquer fins lucrativos e em cumprimento com a Lei de Protecção de Dados Pessoais. Não serão guardados nenhuns dos dados pessoais facilitados através da plataforma. As respostas dadas pelos e pelas pacientes apenas serão encaminhadas para os médicos e médicas responsáveis, de forma a darem seguimento ao atendimento online.
O que é o coronavírus?
Nomeia-se como coronavírus (CoV) a uma ampla família de vírus que pode causar uma série de infecções e que afecta, no geral, unicamente os animais: no entanto, algumas variantes do vírus podem ser transmitidas aos seres humanos. A nova variante que se descobriu e se está a propagar desde Dezembro de 2019 é o SARS-CoV-2, que teve o seu epicentro em Wuhan, na província chinesa de Hubei, e que produz uma doença conhecida como COVID-19.
A partir dos dados recolhidos até ao momento, o período de incubação da COVID-19, ou seja, o tempo que decorre entre a infecção pelo vírus e o aparecimento de sintomas da doença, ronda os 5 dias, mas pode oscilar entre 1 e 14 dias.
Tipos de coronavírus
- SARS-CoV: surgiu em 2002 na China e afectou mais de 8000 pessoas de 37 países. É um síndrome respiratório agudo e grave cuja taxa de mortalidade rondou os 10%. Desde 2003 não se registaram mais casos em nenhum lugar do mundo.
- MERS-CoV: detectou-se em 2012 na Arábia Saudita e os últimos casos datam Outubro de 2019. Este corononavírus provocou um síndrome respiratório do Médio Oriente e o ainda que o número de casos tenha sido de aproximadamente 2400, a taxa de mortalidade alcançou os 35%.
- COVID-19: É o tipo mais recente, causador de uma doença infecciosa que se propaga com maior rapidez, mas cuja taxa de mortalidade é mais baixa do que a dos casos anteriores. No mês de Março de 2020, existem casos detectados em mais de 100 países.
Modos de contágio
A COVID-19 pode contrair-se por contacto com outra pessoa infectada pelo vírus:
- Pode propagar-se através do contacto directo com as secreções respiratórias ou gotículas precedentes do nariz ou da boca que saem quando a pessoa infectada espirra ou tosse.
- Estas gotículas ao pousarem sobre objectos e superfícies próximas, outras pessoas podem entrar em contacto com o vírus ou contrair a COVID-19, se depois de tocarem nesses objectos colocarem as mãos nos olhos, nariz ou boca.
- Também existe contágio ao inalar as gotículas espalhadas pela pessoa com COVID-19 ao tossir ou espirrar.
Outros aspectos sobre o contágio
A COVID-19 pode transmitir-se através do ar?
Até agora, os estudos realizados apontam a que a transmissão do vírus é principalmente pelo contacto directo com gotículas respiratórias e não tanto pelo ar. É pouco provável a transmissão através do ar em distâncias maiores de 1 ou 2 metros.
Uma pessoa que não apresente nenhum sintoma pode contagiar outras de COVID-19?
O risco de contrair a COVID-19 por contacto com alguém que não apresente sintomas é bastante baixo, dentro do que se sabe.
No entanto, é importante considerar que muitas pessoas infectadas podem apresentar sintomas leves, especialmente nas primeiras etapas de doença. Isto quer dizer que é possível o contágio por contacto com pessoas que não se sintam doentes e apenas tenham uma tosse leve.
É possível contagiar-se por contacto com as fezes de alguém com COVID-19?
Esta possibilidade parece ser baixa, ainda que as primeiras investigações apontem que o vírus está presente nas fezes, a sua propagação por esta vía não caracteriza esta pandemia de coronavírus.
Pode contrair-se o vírus SARS-CoV-2 por contacto com um animal?
Ainda que a família de coronavírus seja comum em animais, raramente as pessoas são infectadas e no caso da COVID-19 ainda não se confirmou a sua possível origem animal.
Pode contrair-se COVID-19 pelo contacto com o animal de estimação?
Não há dados que indiquem que os animais como gatos ou cães tenham sido infectados ou possam propagar o vírus SARS-CoV-2 que provoca a COVID-19. Por isso, nem cães nem gatos são uma fonte de contágio.
Não se deve confundir o SARS-CoV-2 com os coronavírus caninos e os coronavírus felinos, que afectam, respectivamente, este tipo de animais. Ainda que se recomende sempre tomar as medidas de higiene quando se têm animais de estimação infectados, não existem provas de que o coronavírus canino ou felino contagia as pessoas, ou seja,não infectam os seres humanos.
Sintomas do SARS-CoV-2
Sintomas mais frequentes da COVID-19:
- Febre (37.3 considera-se febre leve, a partir de 38 graus considera-se febre alta)
- Cansaço
- Tosse seca
Sintomas menos frequentes da COVID-19 (podem ser leves ou aparecer de forma gradual):
- Dores
- Congestão nasal
- Rinorreia
- Dor de garganta
- Calafrios e mal-estar geral
- Dor de cabeça
- Diarreia
- Dor abdominal
Importante: cerca de 1 em cada 6 pessoas com a COVID-19 desenvolve uma doença grave e tem dificuldades em respirar. O grupo de maior risco são as pessoas idosas e aquelas que já têm condições médicas preexistentes e subjacentes, como hipertensão arterial, problemas cardíacos ou diabetes.
Tratamento da COVID-19
- A maioria das pessoas com COVID-19 (cerca de 80%) recuperam sem necessidade de realizar qualquer tratamento especial.
- Os antibióticos não são eficazes contra os vírus como o SARS-CoV-2, apenas para as infecções bacterianas. Por isso, não se devem usar antibióticos como meio de prevenção ou tratamento da COVID-19, nem se recomenda automedicação.
- Estão-se a realizar, ensaios clínicos, mas não há provas que confirmem que os medicamentos actuais possam prevenir ou curar a doença.
- Há investigações em curso, mas até à data, não há nennhuma vacina, tratamento ou medicamento antiviral específico para prevenir ou tratar a COVID-2019
É importante entender que:
- A maioria das pessoas com COVID-19 recuperam com a ajuda de medidas de apoio.
- As pessoas infectadas pela COVID-19 devem receber atenção médica para aliviar os sintomas.
Prevenção do coronavírus
- Lavar as mãos a fundo (durante 20 segundos), com frequência e usando um desinfectante à base de álcool ou com água e sabão para matar os vírus que possam existir nas nossas mãos.
- Manter uma distância de 1 metro (3 pés) com qualquer pessoa que tussa ou espirre, de forma a evitar o contacto com as gotículas que possam conter o vírus.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos, ja que uma vez que estas estejam contaminadas, é através delas que se pode transferir o vírus ao corpo e contrair a COVID-19.
- Manter uma boa higiene das vias respiratórias, cobrindo a boca e nariz com o cotovelo dobrado ou com um lenço de papel que seja rapidamente descartado, para evitar contagiar terceiros.
- Permanecer em casa se não se encontrar bem e recorrer a um ponto de atenção médica apenas se apresentar sintomas mais graves, chamando a atenção das autoridades sanitárias competentes. As pessoas doentes expõem-se a maiores riscos em centros de saúde e hospitais, onde podem contrair outras infecções ou ajudar a propagar o vírus.
- Evitar as deslocações a zonas de maior perigo, ou seja, em que o vírus se está a propagar mais extensa e rapidamente.
- Reduzir as deslocações desnecessárias e evitar a exposição a lugares com um grande número de pessoas
- Consultar a informação mais actualizada em canais de comunicação das autoridades nacionais e locais. Garanta sempre que se trata de fontes fiáveis como a OMS, DGS portuguesa ou o SNS24.
Como actuar se apresenta sintomas
Se apresentar sintomas leves, tais como, mal-estar ou febre, mas não esteve em zonas de risco (aquelas nas que se está a ocorrer transmissão a nível da comunidade) nem tem contacto com casos confirmados de pessoas portadoras de coronavírus:
- Permaneça em casa e reduza as deslocações durante as duas próximas semanas.
- Evite o contacto directo com outras pessoas, use máscara e não partilhe objectos como copos, toalhas, mantas, etc.
- Siga as medidas de prevenção geral
- Beba muitos líquidos, descanse e siga uma boa alimentação.
- Observe como evoluem os sintomas e peça informação via telefónica no caso de piorarem.
Se apresenta sintomas respiratórios (febre, tosse e sensação de falta de ar), esteve recentemente (14 dias anteriores) numa das zonas de risco ou teve contacto directo com uma pessoa confirmada com o caso de COVID-19.
- Permaneça no seu domicílio e contacte com os serviços de saúde telefonicamente (SNS 24) para que avaliem o seu estado de saúde, o antecedente de viagem e o possível contacto com casos de coronavírus.
Se apresenta os sintomas mais graves ou pertencentes a algum dos grupos de maior risco:
- Permaneça em casa e contacte rapidamente com o SNS24 para que avaliem o seu estado de saúde, o antecedente de viagem e o possível contacto com casos de coronavírus.
Se esteve nos últimos 14 dias numa zona de risco mas tem um bom estado de saúde:
- Continue com a sua vida quotidiana, seguindo as recomendações de prevenção dadas à população geral: permanecer em casa, reduzir as deslocações, etc.
- Observe o seu próprio estado de saúde antes do aparecimento de sintomas associados à COVID-19.
Se actualmente está numa zona de risco mas não tem um bom estado de saúde:
- Evite deslocações fora da zona de risco para minimizar as possibilidades de expandir o contágio a outros lugares.
- Siga as recomendações de permanência em casa e reduza as deslocações.
- Siga as normais gerais de prevenção.
Telefones de informação
Se apresentar sintomas como febre, tosse ou dificuldade respiratória e tiver estado em contacto com uma pessoa infectada por COVID-19, ou tiver regressado recentemente de uma área afectada, deve ligar para o SNS24 (808 24 24 24). Após este contacto e validação da história clínica, os profissionais de saúde irão determinar se é necessário fazer o teste para COVID-19.
Outras recomendações e responsabilidades
Animais e alimentação
- Se for a mercados de animais vivos ou espaços semelhantes, evite o contacto directo com animais e superfícies com as que estes estejam em contacto.
- Manipule com cuidado a carne, o leite e os órgãos de animais crus para evitar que se contaminem alimentos não cozinhados e evite o consumo de produtos animais crus ou pouco cozinhados.
Limpeza e higiene
- Limpe com um desinfectante comum qualquer superfície que crê que possa estar infectada
- Deite fora rapidamente lenços, guardanapos e outros artículos semelhantes que utilize para limpar o nariz,os olhos ou a boca.
- Limpe aqueles objectos quotidianos e superfícies que podem entrar em contacto com as secreções respiratórias.
Máscaras e produtos desinfectantes
- Não use máscara a menos que seja uma pessoa que esteja doente doente. Estas apenas servem para evitar a transmissão do vírus a outras pessoas e serão os e as profissionais de saúde que indicarão o seu uso quando considerarem necessário. Um mau uso deste produto pode contribuir para que haja falta de unidades para quem realmente necessita delas. Para saber mais sobre o seu uso, consulte fontes oficiais como a Organização Mundial de Saúde (OMS).
- Para uma correcta higiene das mãos basta um sabão comum e água ou desinfectante à base de alcool,pelo que não deve utilizar outros produtos que podem ter efeitos adversos por serem usados incorrectamente e causar danos nas mucosas, como álcool ou cloro.
Informação e rumores
- Se tem dúvidas ou se quiser saber novidades sobre a evolução da situação, consulte fontes oficiais como a OMS, a DGS, o SNS ou canais oficiais do Governo português
- Faça um uso responsável das vias de comunicação facilitadas para esta situação, já que podem haver pessoas em situações graves que realmente necessitem de dispor destas.
Teste de despiste
De maneira a que se possa amenizar ou erradicar o vírus, é importante que, quando há suspeitas de se estar infectado/a, que se realizem testes de despiste para COVID-19. O SNS oferece estes testes gratuitamente, para os casos que se consideram suspeitos. No entanto, também existem laboratórios privados em Portugal que estão a disponibilizar estes despistes, quer ao domicílio ou em unidades isoladas próprias, no caso de haver possibilidade.
Preço
Preço médio para teste de coronavírus
0€
250€
Os preços para o teste do coronavírus está a variar, actualmente, entre os 0€ (serviço público) e os 200€ (serviços privados), sendo o custo médio de 200€ para os serviços privados. Há factores que podem fazer variar este preço, que iremos explicar abaixo:
1. Regras do laboratório
No caso de ser pedido um teste através de um laboratório, de forma a que não existam fraudes nos testes e especulações de preços é absolutamente essencial que aqueles que realizam testes de coronavírus contactem apenas laboratórios com reputação e com as devidas certificações, qualificações e equipamentos.
Cada laboratório tem medidas diferentes que fará variar o preço e a possibilidade de aceder a este teste, quer seja uma pessoa particular ou uma empresa
2. Prescrição médica
Existem laboratórios que optam por apenas aceitar realizar o teste a pacientes que tenham prescrição médica para tal.
3. Comparticipação
Até à data, não há qualquer tipo de comparticipação do Estado para testes de despiste ao coronavírus feitos em laboratórios privados.4. Flutuação da procura
A flutuação da procura - ou seja, o aumento ou a diminuição - poderá fazer com que o preço destes testes em laboratórios privados varie ao longo do tempo.
5. Domicílio ou no local
Depois de contactar um médico ou uma médica através da linha de apoio do SNS24, a partir da Zaask, ou por outros meios alternativos que possam surgir, estes dir-lhe-ão se terá de fazer testes e se estes serão feitos ao domicílio ou nas unidades de saúde.
Os laboratórios podem optar por recolher as amostras para análise em casa das próprias pessoas que se submetam ao teste ou podem fazê-lo numa unidade isolada, apenas para ser utilizada para aqueles que farão o despiste. Por norma, nestes casos as colheitas destinam-se apenas a utentes que estejam em regime de ambulatório sem referenciação para isolamento.
O preço ao domicílio a partir de laboratórios privados pode ser mais elevado, pois terá de se contar com o custo e tempo de deslocação dos profissionais e dependerá, naturalmente, da disponibilidade.
Devo fazer o teste de despiste de coronavírus?
A entidade responsável pela decisão da validação dos casos suspeitos é a Direção-Geral da Saúde, através da linha de apoio ao médico. Dessa forma, a Zaask recomenda que contacte o SNS 24 através da linha de apoio ou através da plataforma para que lhe seja feito o pré-rastreio de COVID-19.
Fontes consultadas para a redação do artigo: Organização Mundial de Saúde, Direcção Geral de Saúde, SNS24